sábado, 21 de janeiro de 2012
Boi Amoroso e A Boneca Dengosa .
mv
O carnaval de 2011 animado pela a Banda Furiosa, acompnhada do Boi Amoroso e o Boneca Dengosa prometem trazer novidade e muita alegria nas tardes de folia.
A BONECA DENGOSA E O BOI AMOROSO
Com a intenção de resgatar as tradições dos antigos carnavais cunhenses, surgiu-me a ideia, já em 2008, de mandar fazer bonecos gigantes, para que a Banda Furiosa saísse mais completa às ruas de Cunha, mostrando ainda mais qualidade em suas apresentações.
Certo dia, ao encontrar-me com o Fábio Átila, um amigo que procura manter na cidade o trabalho artesanal de confecção de bonecos gigantes e do tradicional Judas de Cunha, perguntei-lhe em quanto ficaria a construção de um boneco gigante. Ele se referiu ao valor pedido por mim, mas fiquei de pensar na possibilidade, não tanto pelo preço, mas por eu já ter em mente a fisionomia desejada por mim para compor o rosto do boneco; e achei difícil tentar passá-la ao Átila através de desenho, para que ele a fizesse.
Passaram os carnavais de 2008 e de 2009, e nada de boneco gigante.
Para o carnaval de 2010, fiz-me um juramento: eu mesmo tentaria fazer o boneco, sem preocupações com perda de material, caso meu intento não desse certo. Eu começaria a fabricá-lo assim que terminassem os serviços de carnaval daquele ano. E foi exatamente assim que aconteceu: comecei a fabricá-lo na quinta-feira, dia 18 de fevereiro, seguinte à quarta-feira de cinzas daquele ano. Resolvi começá-lo logo, para ter o ano todo como tempo para fazer um serviço bem caprichado, sem correrias.
Usando apenas minhas horas vagas (que não são muitas), com experiências que, em 95%, deram certo na primeira tentativa, consegui fazer uma boneca gigante em apenas cinco meses _ prazo relativamente curto para quem nunca tinha mexido com isso. O resultado, para mim, foi muito satisfatório, uma vez que consegui concretizar a imagem que tinha formado em minha mente sobre como essa boneca seria. Dei-lhe, em seguida, o nome de Dengosa, por achar melhor nomeá-la com uma característica (que por sinal lhe é bem apropriada) do que com um nome próprio, pois isto poderia, em alguma ocasião, ofender a alguém que tivesse o mesmo nome que o da boneca, o que jamais seria minha intenção.
Fiquei tão empolgado com o resultado que obtive da confecção da boneca Dengosa, que, dois meses depois de terminá-la, isto é, em setembro do mesmo ano, resolvi fazer também um boneco de boi, que relembrasse a tradição do bloco do Zé Padeiro nas décadas de 1940 e 1950, que tinha o boi Pintadinho, e a brincadeira do boi Chimemé, do tio Zé Veloso, um dos integrantes do bloco referido anteriormente.
Não deu outra: em novembro, o boi estava pronto. A experiência da confecção da boneca me fez reduzir em três meses o tempo para construí-lo. Assim como fiz com a boneca, dei-lhe o nome de Amoroso. O resultado empolgou a todos os que tiveram oportunidade de ver a ambos antes do carnaval de 2011.
Mais um pouquinho: no mesmo período em que eu fazia a boneca Dengosa, compus letra e melodia de mais duas marchinhas, para serem estreadas também no carnaval de Cunha em 2011: a Marchinha da Boneca Dengosa e a Marchinha do Bloco do Chapéu de Palha (esta é uma homenagem ao jeito rural , simples e encantador do meu povo, os cunhenses, especialmente dos meus antepassados). Ao terminá-las e cantá-las com acompanhamento de meu violão, senti o mesmo que toda vez em que ouço cantarem o Hino do Município do Cunha, que o Ernesto Veloso, o Tonico Capítulo e eu fizemos: um nó na garganta acompanhado de olhos marejados.
Enfim, a Banda Furiosa está se estruturando cada vez melhor, para levar o nome dos carnavais de Cunha para onde quer que seja. Há uma preocupação de oferecer aos nossos visitantes, os turistas que querem conhecer as coisas da nossa terra, opções de divertimento que façam com que eles tenham vontade de voltar para provar outras vezes do nosso tempero cunhense. E quem prova dessa nossa panela de cultura e de tradições jamais esquece o sabor e sempre volta, pelo menos uma vez a cada ano, para provar mais um pouquinho.
Victor Amato dos Santos - dezembro de 2011
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
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