Fotos: Oswaldo Macedo
Estrada de ligação entre Cunha e Parati
A estrada de ligação entre Cunha a Parati tem mais de Quinhentos anos de tradição e precariedade, antes trilhas dos Índios Tamoios, depois vieram os tropeiros, mais tarde os veículos, caminhões e ônibus, hoje tem uma importância não só econômica como estratégica para região.
Se levarmos em conta antes mesmo que algum aventureiro se dispusesse ir sertão adentro em busca das minas gerais, os índios tamoios já usavam a trilha para se locomover na região em busca de alimentos, ligando o litoral e a região conhecida hoje como vale do Paraíba. Depois veios os tropeiros com seus moares, e construíram suas passagens encima das trilhas indígenas, levando e trazendo mercadorias das minas gerais para o litoral e vice-versa. Enfrentando todo tipo de interperes e as dificuldades da Serra do Mar, sem contar os obstáculos da Serra do Quebra Cangalhas nome originado das quedas que sofriam os muares carregados quebrando as cangalhas (ligação de Cunha a Guaratinguetá).
Com industrialização apareceram automóveis , ônibus e caminhões que diariamente num sobe e desce, torna a estrada bastante movimentada ligando e transportando uma variedade de mercadoria, desde bananas, peixes, madeiras, aves, suínos bovinos, etc.
Na década de 70 com a construção do Rio Santos, tal rodovia perdeu significado caindo no abandono, só não digo no esquecimento porque as pessoas que usam fazem mutirões e tentam repara-la medida do possível, porque precisam dela para se locomover na região. Nada foi resolvido, apesar da frequente reunião entre Prefeitos e técnico, procurando resolver o problema que está configurado em nove quilômetros dos 98 km de extensão que liga o litoral até a Rodovia Presidente Dutra, no Vale do Paraíba em Guaratinguetá.
Hoje, a rodovia além da importância econômica e estratégica para a região, já que é um dos pontos de fuga da população de Parati no caso de um acidente na usina nuclear de Furnas em Angra dos Reis.
Assim como sua importância é histórica, seus problemas também o são, já em 1858 o jornal “O Cunhense” cobrava cuidado maior com a estrada, devido má conservação e reclamava dos altos impostos cobrandos pelo império. Vemos que o tempo passou os problemas não, se os obstáculos da Serra do Quebra cangalha foram amenizados o da Serra do Mar continua tirando o sono e dificultando a movimentação dos usuários em busca de alimento, remédios e outros recursos que tanto necessitam no seu cotidiano.
Texto: Pedro Máximo
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